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Foto do escritorJorge Augusto Derviche Casagrande

2024 é logo ali: Análise de cenário para eleições Municipais em Curitiba de 2024


Cenários previsíveis com os mesmos personagens é uma característica do Paraná e principalmente de nossa capital. Nem bem as urnas de 2022 estão abertas e temos muitos políticos da paróquia, principalmente os devotos de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, que já estão se posicionando para a disputa da Prefeitura de Curitiba.


Levantamos aqui 5 atores que deverão desfilar suas habilidades em 2024:


1) Eduardo Pimentel: o atual vice é o ungido do grande grupo que comanda hoje o Palacio 29 de Março e o Palacio Iguaçu. Jovem, simpático e afável, além do excelente pedigree político, Eduardo tem todas as ferramentas para ser o sucessor digno do atual alcaide. Inclusive já tem vice escolhida: Márcia Huçulak, que irá fazer o batismo de fogo nas urnas em 2022, com previsão de votos em torno de 50 mil votos. A expectativa na dupla é alta. Porém, o fato de não terem “traquejo” nas disputas majoritárias pode ser um fator que pode atrapalhar os planos da dupla.


2) Fernanda Richa: depois do Quadro Negro e da Operação Piloto, do auto-exilio e do retorno “aos poucos” do líder político do clã dos Richas, que deverá ser confirmado como um dos mais votados deputados federais do Estado, o nome que volta à baila para a disputa da Prefeitura é o da ex-primeira-dama Fernanda Richa. Simpática, articulada e, principalmente, com diálogo fácil com as camadas mais humildes da sociedade (o Parolin que o diga: deixou um legado inesquecível na FAS), Fernanda surge como nome natural do grupo que comandou os destinos do Estado de 2011 a 2018. Com a reabilitação política do esposo (que já pensa em reocupar o Palacio Iguaçu a partir de 2027), Fernanda passa a ser peça fundamental para a retomada política do clã. Já tem vice no horizonte, inclusive (Michele Caputo, ex-secretário de saúde do Estado, para fazer o devido contraponto à Márcia Huçulak na outra chapa). Só falta o maridão Beto convencer Fernanda a voltar à disputa eleitoral. Nada que dois anos de Brasília e algumas pesquisas de opinião não façam a ex-primeira-dama mudar de ideia…


3) Ney Leprevost: o atual deputado federal mudou de partido (PSD para UB) e está fazendo o downgrade para deputado estadual justamente para ficar mais próximo das bases e voltar ao antigo projeto de igualar o seu avô e se tornar prefeito. Dessa vez Ney não quer ser sabotado como foi em 2020 e já está preparando um palanque forte para o projeto municipal. Está ajustado com a família Franchischini (Flávia ou Felipe devem ser indicados como vice) e conta com a eleição de Sérgio Moro para o Senado para contar com um grande cabo eleitoral na cidade. Falta combinar somente com os russos. A falta das máquinas governamentais, além da concorrência possível com outros fortes candidatos, pode ser um senão na eterna caminhada de Ney ao Palácio 29 de Março.


4) Gustavo Fruet: o ex-alcaide ainda acalenta em seu coração a vontade de voltar a Prefeitura. Considera-se injustiçado por não ter sido reeleito (credita o seu desgaste ao ex-governador Beto Richa, que não fazia os devidos repasses ao Município para enfraquecer o adversário político). Fruet é bem recebido por saudosos funcionários públicos que lembram dos bons tempos de gordos ajustes salariais, bem como dos crescimentos de carreira (que foram todos congelados no período da atual gestão). Apesar do ânimo e da empolgação de uma possibilidade de novo mandato, Gustavo sabe que precisa de estrutura partidária e de apoios para uma nova tentativa. Eis que surge a possibilidade de um velho novo parceiro no horizonte: o PT. Se Lula se reeleger em 2022, o PT se torna uma força política robusta e que pode dar o palanque que o filho da dona Ivete precisa para voltar à Prefeitura. Só resta saber se ele topa ter Renato Freitas ou Ana Júlia de vice na próxima disputa…


5) Deltan Dallagnol: the last, but not the least… o arauto da Lava Jato tem tudo para ser o mais votado deputado federal da História do Estado. A previsão de votos em Curitiba é estrondosa. Caso as previsões se confirmem, o Robin da Lava Jato conveter-se-á no quinto postulante ao Palácio 29 de Março em 2024, com reais chances de vitória. Jovem, dinâmico, honesto e loquaz, além de penetração junto aos evangélicos, Deltan pode ser um forte candidato no campo da centro-direita. Encarna o espirito de anti-sistema e da República de Curitiba, que pode ser um fator de desequilíbrio com vários atores tradicionais na disputa. Pesa contra ele o jogo pesado do sistema, bem como a rejeição dos radicais bolsonaristas e petistas contra a turma da Lava Jato.


As cartas estão na mesa. Se 2022 será uma eleição do marasmo, 2024 promete ser a eleição de disputas ferrenhas e imprevisibilidade postas.


Isso é política!




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